ON YOUR FEET

Queensrÿche – American Soldier

Nobody else is there to help you… It’s… It’s just you…

I was 19 years old, […] were way too young […]

One of my very good friends, Paul, once got shoot […]
Paul died. We all miss him. I miss him terribly.

Gonna tell you what’s up NOW – História

O mais novo albúm do Queensrÿche está para sair do forno. Seu nome, para mim, foi polêmico: American Soldier. Como você pode imaginar, é uma homenagens aos soldados de seu país, transcrevendo suas histórias, aflições e sentimentos em música (das boas). Fiquei muito aliviado quando tomei conhecimento das letras, pensei que se tratasse de transformar os soldados em super-homens, muito pelo contrário. A banda não me desaponta e são apenas relatos sobre pessoas que, às vezes, nem entendem o motivo de estarem na guerra:

I’m a number; I’m a casualty of war
for a cause I never had the chance,
didn’t understand the score.

Referência de Man Down! (#9).

O albúm foi feito com base em muitas entrevistas com soldados de verdade. O Queensrÿche teve que fazer seu dever de casa para compor! Não sou um conhecedor, mas acredito que pegaram a lição bem. As letras fazem sentido, se você tentar pensar como um soldado. No início de várias faixas podemos ouvir soldados falando, e estas gravações dão o tom da música. If I Were king (#8) é um ‘desabafo’ de um soldado que perdeu seu amigo na guerra e o uma espécie de ‘crise’ que este sofre, ponderando “como pagar por um sacrifício tão alto”. A canção toda corre nesse estilo, até a metade com um ar de arrependimento, depressão. Dai para o final é como se fosse uma aceitação, mas ainda assim:

If I were King of all I imagine,
we would both be back home
living the rest of our lives.

Em tempo, a faixa Unafraid (#2) é basicamente a gravação de dois soldados falando de experiências distintas de guerra, com uma melodia agressiva (porém baixa, permitindo ouvir a ‘conversa’) no fundo. Segundo o vocalista Geoff Tate, ambos acabam sendo redundantes em seus relatos. Tento entender, são dois momentos e duas pessoas diferentes, mas as histórias ‘colidem’. Será que ‘o horror’ da guerra é o mesmo em qualquer situação?

Welcome to the show – Sonoridade

Geral:

Depois de uma semana e escutar o álbum umas 4x (bons tempos de OMC2, que eu tive tempo de escutar o ábum mais de 6x nos primeiros 3 dias), acho que o anterior é mais pesado. Isso ai, Wilton, Stone, Scott e o Ed Bass estavam mais metaleiros no OM2. Mas como “o Queensrÿche não se limita a entrar no estúdio pensando que isso ou aquilo não é muito metal”, as melodias são mais Queensrÿche! Adeus Mike Stone e sua guitarra desagradável! Não que ele seja ruim, acho que contribuiu muito para que o OM2 fosse um álbum bom, porém, não é Queensrÿche.

  • Bateria
    Boa como sempre. Simples, porém agradável.
  • Baixo
    Bem mais presente do que em OM2, destaque no solo de Sliver (#1), na melodia de Remember Me (#10) e The Killer (#6).
  • Vocal
    Os ‘entendidos’ disseram que o Tate cantou mal, suas melodias ficaram fracas. Eu digo que está mantendo o padrão de sempre. Arrisco dizer que as melodias estão melhores que as recentes, porém a voz parece um pouco estranha. No geral, achei melhor.

Guitarras (até num tópico a parte :))

Pela primeira vez na história do Rÿche, as duas guitarras foram gravadas pelo Michael Wilton. Não tenho informações se ele compôs as duas, mas pelo menos ele plugou o equipamento e fez o barulho.

Acho bem melhor do que HTNF, empatado com Promised Land. Os solos ficaram curtos, mas acredito que isso é um problema dele ter ficado sozinho no período de gravação. Falta de um companheiro (cadê DeGarmmo? ) pra opinar, pra fazer um solo quebrado em dois? Eu chuto que, adicionado a esses fatores, ele deve ter pensado em “who-the-hell” seria seu próximo companheiro de guitarras e mateve o esquema simples. Curtos os solos ficaram, ponto. Mas ainda assim vivos! Soa Queensrÿche antigo, porém novo.

Passando a régua e fechando a conta

Não vou dar nota, pois sou viciado no som deles. Pra mim qualquer álbum seria digno de disco de platina, ouro, diamante, etc. Mas acho que esse vai ser mais aceito pelos fans mais antigos, e possivelmente por quem curte um som “bipolar”, com passagens assustadoramente pesadas e outras quase para se dar um play na hora de dormir.

Espero que venda o bastante para eles conseguirem pagar as contas de casa! Vou contribuir comprando o meu =)

As letras foram divulgadas na internet (e até onde vi, com consentimento da banda) por este grande fórum sobre queensryche.

Já sobre a sonoridade… Digamos que eu advinhei. Álbums que vazam na internet NON ECZISTEM. :)

Até mais!